Há 20 anos atrás a excitação que envolvia Shenmue era equiparável à de Red Dead Redemption 2 nos dias de hoje. Yu Suzuki, líder da divisão AM2 da Sega, criador de OutRun e Virtua Fighter, tinha despendido anos a trabalhar na sua obra-prima épica, primeiro planeada para a Saturn (a consola 32-bit da Sega) mas que finalmente veria a luz do dia na Dreamcast. Infelizmente, o jogo não alcançou os números devidos para justificar o custo de produção e pouco depois do seu lançamento no Ocidente a Sega desistiu da Dreamcast e focou-se em criar jogos para outras consolas.
A sequela, Shenmue II, foi um pouco vítima desta estratégia, já que a Microsoft adquiriu os direitos do seu lançamento nos Estados Unidos em exclusivo para sua nova consola, a Xbox original. Embora o jogo tenha chegado às mãos dos jogadores europeus e asiáticos na Dreamcast, os fãs da consola da Sega na América do Norte nunca tiveram a oportunidade de o jogar nessa plataforma. Mesmo que tivessem adquirido uma Xbox para jogar a Shenmue II, tiveram que esperar um ano a mais do que os adeptos Dreamcast, o que não é de todo a melhor forma para estabelecer a continuidade da licença e estendê-la para um possível terceiro capítulo, tendo a gigante japonesa largado então a série. Mas como provavelmente já sabem, Yu Suzuki está a trabalhar em Shenmue III, para PS4 e PC, sem a Sega – e a espera tem sido longa, pelo que esperamos que esteja nas lojas para o ano.
Ainda bem que a Sega se decidiu finalmente a remasterizar a dupla original para a geração de consolas atuais. Os jogos Shenmue são um pouco diferentes dos demais, na medida em que foram criados (ou pelo menos o primeiro) antes da revolução que dá pelo nome de GTA III, e embora sejam muito estimados hoje em dia, a crítica não foi unânime na altura. A saga Shenmue não é para todos; é um pouco lenta, a dobragem em inglês em certos momentos não era das melhores, e se a colocarmos junto de outras aventuras de mundo aberto dos dias de hoje falta-lhe algumas das comodidades que damos por adquiridas. Os movimentos de câmera são estranhos, bem como a animação das personagens… já acusam alguma idade.
Geriátricos, mas surpreendentemente vibrantes e repletos de ambiência. Temos de admitir que estávamos algo receosos quando nos preparámos para entrar novamente em Shenmue pela primeira vez em mais dez anos e, embora existam muitas coisas que estão ultrapassadas, torna-se também óbvio que o jogo, no seu todo, venceu o teste do tempo. Certifiquem-se que colocam as vozes em japonês e com paciência desloquem um entorpecido Ryo pelas ruas da cidade – deixem-se levar pela atmosfera, pelos sons, pela música. Não demora muito tempo até voltarmos atrás no tempo quando os jogámos aquando do seu lançamento original para percebermos o motivo pelo qual ficámos tão cativados na altura. Pode haver um pouco de nostalgia à mistura, mas essa será certamente uma das principais razões pelas quais esta dupla de jogos está a ser de novo publicada.
A sequência de abertura do primeiro Shenmue não podia ser mais dramática – ao regressar a casa, Ryo Hazuki depara-se com o seu pai e um homem misterioso chamado Lan Di no dojo da família. Este último exige que o pai de Ryo lhe entregue um espelho, ao que este acede ao ver o filho ser ameaçado de morte. Mesmo assim, Lan Di desfere um golpe mortal contra o Hazuki sénior, dando assim o mote para o início de uma aventura da qual ainda não conhecemos o final. Vão explorar Yokosuka, trabalhar no porto (de onde vêm as famosas corridas de empilhadoras) e eventualmente chegados ao fim vão exportar o vosso ficheiro de jogo e continuar a vossa jornada em Hong Kong, já em Shenmue II. Vão perceber que a vingança requer muito esforço, demora bastante tempo, e exige paciência e boas maneiras.
Shenmue oferece um misto de elementos clássicos de um jogo de aventura, como fazer perguntas, descobrir pistas, cumprir missões e gerir as economias de Ryo através de vários biscates, além de terem acesso a vários mini-jogos espalhados pelas várias áreas em redor. Cada área é relativamente pequena relativamente ao que encontramos nos jogos de hoje, mas todas juntas oferecem um mundo grande para explorarem. Maior parte das personagens têm empregos e rotinas e as suas deslocações são feitas de acordo com a hora do dia; Ryo tem de ter em conta o horário de abertura e fecho das lojas, e certas personagens podem aparecer somente em determinadas alturas do dia. Têm também lutas ao vosso dispor, as quais são uma versão mais ligeira das de Virtua Fighter, naquela que é uma abordagem relativamente lenta à vertente de combate.
Algumas opções relativas às cutscenes com margens negras são um pouco bizarras, pois vão ter uma moldura negra à volta da imagem, não só em cima e em baixo, mas também do lado direito e esquerdo (nós jogámos no modo 16:9, mas podem optar pela versão 4:3 como no original). Torna-se evidente que os programadores não conseguiram contornar este desafio, provavelmente devido à forma como as cutscenes originais foram criadas. Já as opções para gravar o progresso de jogo foram otimizadas (podem agora gravar a qualquer altura) e, embora o número baixo de polígonos dos modelos permaneça, é aprazível notar que algumas das texturas foram melhoradas. Alguns dos rostos estão muito bem feitos, enquanto outros parecem saídos de um filme de terror. Não será de todo difícil indagar se o proprietário da sala de jogos You Arcade não será um alienígena a usar um disfarce de humano. Não convém esquecer que se trata de uma remasterização e não de um remake – por mais que sonhemos com um – e estamos contentes com o esforço que foi colocado para trazer de novo estes jogos às lojas. Não podemos deixar de referir que é notória a atenção ao detalhe que foi colocada nas opções e no interface do jogador.
Depois de abandonar a saga Shenmue, a Sega criou a série Yakuza, que manteve muitas das especificidades exploradas em primeira mão no épico de Yu Suzuki. Caso sejam fãs de Yakuza, poderá ser do vosso interesse ver de onde são oriundas as raízes das suas mecânicas.
É complicado recomendar Shenmue I & II a jogadores de hoje que não tenham qualquer afinidade com a saga, ou que não gostem de jogar a títulos 3D antigos. Poderá ser difícil desfrutá-los na sua totalidade se não cumprirem esses critérios, mas se apreciam jogos deste período, se gostam do Japão, Hong Kong, da cultura em redor da jornada de vingança e descoberta de Ryo Hazuki, então Shenmue I & II são mais que recomendados. São uma parte da história do jogos que vale a pena experienciar. Podem acreditar.
Créditos , gamereactor – link original https://www.gamereactor.pt/analises/372793/Shenmue+I+II/?rs=rss
Nintendo Switch 2 e Mario Kart Road: O Novo Gigante das Corridas?
O Nintendo Switch 2 foi anunciado e, com ele, veio Mario Kart Road, o jogo que promete superar o sucesso de Mario Kart 8 Deluxe, o título mais vendido do Switch original. Com a proposta de um mundo aberto, mais conectividade e mudanças na personalização de karts, o jogo gera expectativas altíssimas. Mas será que ele vai vender bem?
O Nintendo Switch 2 foi anunciado e, com ele, veio Mario Kart Road, o jogo que promete superar o sucesso de Mario Kart 8 Deluxe, o título mais vendido do Switch original. Com a proposta de um mundo aberto, mais conectividade e mudanças na personalização de karts, o jogo gera expectativas altíssimas. Mas será que ele vai vender bem?
O Primeiro Jogo do Nintendo Switch 2
Desde o primeiro teaser do Nintendo Switch 2, Mario Kart Road chamou atenção. A grande novidade é a implementação de um mundo aberto, algo inédito na franquia. Com um visual atualizado e personagens mais expressivos, o jogo está pronto para inovar.
Novidades no Gameplay
Mundo Conectado: Agora, ao terminar uma corrida, você deve dirigir até a próxima pista, adicionando uma nova camada de exploração ao jogo.
Modo Sobrevivência: Com suporte para 24 jogadores, os últimos colocados são eliminados a cada volta até que restem apenas os melhores competidores.
Novas Mecânicas: O jogo traz a possibilidade de deslizar em meio-fios e usar atalhos através de água e mato, eliminando a necessidade do Lakitu para resgatar os pilotos.
Mudanças Climáticas: Ventos e chuvas afetam a jogabilidade e trazem um novo nível de desafio.
Personagens e Customização
Diferente de Mario Kart 8, desta vez não haverá personagens repetidos. Skins temáticas substituem variações como Metal Mario ou Tanooki Mario. Além disso, novos personagens foram adicionados, incluindo inimigos clássicos do universo Mario, como o Peixe Esqueleto e o Pinguim de Mario 64.
Expansão e DLCs
A Nintendo já indicou que pode expandir o jogo com DLCs, incluindo personagens de outras franquias e pistas temáticas. Link e o universo de Zelda são candidatos prováveis para futuras adições.
Preço e Polêmica
Mario Kart Road será lançado por US$ 80 no formato digital e possivelmente US$ 90 na mídia física, um aumento considerável em relação aos preços tradicionais. No Brasil, o valor pode ultrapassar R$ 500 devido aos impostos.
Vale a Pena?
O novo jogo da Nintendo traz inovações significativas, especialmente com seu mundo aberto e novo modo de sobrevivência. No entanto, o aumento de preço e a remoção de algumas opções de personalização podem gerar opiniões divididas.
Assim que for lançado, comprarei
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Conheça o MENOR video game do MUNDO – SEGA Game gear Micro
Se você é fã da Sega e de consoles portáteis, precisa conhecer o Game Gear Micro. Esse pequeno dispositivo é a última investida da Sega na onda dos mini consoles e foi lançado exclusivamente no Japão. Mas será que vale a pena investir nesse console portátil?
Se você é fã da Sega e de consoles portáteis, precisa conhecer o Game Gear Micro. Esse pequeno dispositivo é a última investida da Sega na onda dos mini consoles e foi lançado exclusivamente no Japão. Mas será que vale a pena investir nesse console portátil?
O Que É o Game Gear Micro?
O Game Gear Micro é uma versão reduzida do clássico Game Gear, mas com apenas 4 jogos embutidos por modelo. Ele foi lançado em quatro cores diferentes: preto, azul, vermelho e amarelo, e cada um deles vem com jogos distintos. No Japão, o preço pode até ser razoável, mas no Brasil chega a custar cerca de R$ 1.000, o que levanta a questão: vale a pena?
Os Jogos Incluídos
Cada versão do Game Gear Micro tem uma seleção diferente de jogos:
Game Gear Micro Preto: Sonic the Hedgehog, OutRun, Puyo Puyo 2 e Royal Stone.
Game Gear Micro Azul: Sonic Chaos, Gunstar Heroes, Sylvan Tale e Baku Baku Animal.
Game Gear Micro Vermelho: Shinobi, Columns, Megami Tensei Gaiden: Last Bible e Last Bible Special.
Game Gear Micro Amarelo: Shining Force Gaiden, Shining Force Gaiden II, Shining Force Gaiden: Final Conflict e Nazo Puyo.
Esses são jogos 8-bit que podem ter seu charme, mas também sofrem preconceito entre jogadores modernos que preferem experiências mais dinâmicas e detalhadas.
Um Console Para Colecionadores
O Game Gear Micro é um console minúsculo, sendo menor que um chaveiro. Ele é alimentado por duas pilhas AAA e também pode ser carregado via entrada USB. Apesar do tamanho reduzido, os botões são bem feitos e proporcionam uma jogabilidade razoável.
Porém, o grande problema é o preço: no Brasil, o valor dele é tão alto que você poderia comprar um Nintendo Switch Lite por quase o mesmo preço!
Vale a Pena?
Se você é um colecionador e gosta de consoles raros, o Game Gear Micro pode ser uma boa adição à sua coleção. Mas, se você procura uma experiência mais robusta e acessível, talvez seja melhor investir em outra opção.
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